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PERFIL, PESQUISA REVELA A IMAGEM DA ENGENHARIA NO PAÍS



Grande parte dos profissionais de engenharia considera haver pouco reconhecimento e visibilidade de seu trabalho. Pesquisa realizada com 312 engenheiros e engenheiras em 46 municípios do país, identificou a percepção dos profissionais quanto à carreira e apontou sugestões para a mudança desse cenário. A pesquisa foi realizada pelo Instituto Paraná a pedido da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), e servirá como guia para ações de valorização da engenharia.

 

De acordo com a pesquisa, 81,4% dos profissionais de engenharia consultados consideram que eles têm pouca ou moderada visibilidade e reconhecimento; 11,2% acreditam que não são visíveis e nem reconhecidos; e apenas 7,4% acreditam que os profissionais têm muita visibilidade e reconhecimento. Para enfrentar esse quadro, a pesquisa recomenda a realização de campanhas de conscientização e divulgação sobre a importância e diversidade das áreas de atuação dos engenheiros para o público em geral, realização de eventos e feiras para mostrar projetos e inovações desenvolvidos por engenheiros, destacando seu impacto na sociedade, incentivar a participação ativa dos engenheiros em associações profissionais, grupos de networking e fóruns de discussão para compartilhar conhecimentos e experiências, entre outras sugestões.

 

Quando a pesquisa amplia o universo e considera a população brasileira, em uma amostra de 1.316 pessoas consultadas em 86 municípios brasileiros, a percepção é mais favorável: 68,1% acreditam que os profissionais da engenharia têm pouca ou uma moderada visibilidade e reconhecimento; 16,8% acreditam que eles têm muita visibilidade e reconhecimento; e 11,6% consideram que os profissionais não são visíveis nem reconhecidos. O levantamento aponta que 81% dos que responderam à pesquisa afirmaram perceber algum impacto da engenharia em seu cotidiano; 12,8% da população indicaram que nunca perceberam algum impacto da engenharia em seu cotidiano. As áreas de maior percepção são infraestrutura (60,7%), engenharia civil (14,4%), seguida pela área de tecnologia e meio ambiente (11,4%).

 

A pesquisa ouviu também sobre a formação acadêmica e a atuação profissional e constatou que, embora 89,6% dos engenheiros que exercem alguma atividade remunerada estão trabalhando na área, cerca de 6,4% estão pensando em mudar de carreira. Entre os motivos apontados estão remuneração e salários baixos, pouco reconhecimento profissional, pouca demanda por trabalho. Segundo a pesquisa, 1,3% não trabalha com engenharia nem em atividades relacionadas a ela, apontando como motivos a preferência por trabalhar em outra área ou outro ramo, a escolha de outros cursos, e a falta de oportunidade de emprego.

 

Após a conclusão do curso de engenharia, os profissionais identificaram como desafios ao entrar no mercado de trabalho: salários mais baixos do que o esperado (37,2%), requisitos relacionados à experiência para as vagas de trabalho (34,9%), falta de apoio profissional (26,9%), encontrar oportunidades de trabalho relevantes (26,3%), requisitos técnicos para as vagas de trabalho (14,7%) e desigualdade de gênero (1,9%).

Fonte: Agência CBIC

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